quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sou o que sou

Perdoa meus arroubos
Meu calor exagerado
Meus atos desastrados
Bêbados de pecado

Perdoa e me doa
Sem doer
Seus beijos e mordidas
Suas lambidas
Seu tesão
Que me aperta o coração

Perdoa
A minha malícia
Minhas taras delícia
Meu apetite tarado

Perdoa
Meu modo de ser
A liberdade de viver
Só um presente sem fim
Sem compromissos enfim
Só prazer

Perdoa
Meu desapego
Meu desespero
Meu dessasossego
De ser

Perdoa
Meu coração gelado
Desequilibrado
Num corpo ensolarado
Quente e demente
Sem saber ser

Perdoa
Não posso ser diferente do que sou
Não seria eu.
Só posso ser o que sou.

Nenhum comentário: